O silêncio, daquele que seria mais um dia como outro qualquer, foi interrompido por um singelo e majestoso trovão. Ainda fora de si, Lívia manteve-se deitada refletindo o sonho que acabara de ter.
Os trovões continuaram, delicadamente, a romper o glamuroso e nostálgico silêncio e as pessoas apressavam-se para chegar em casa antes da chuva.
Ao contrário dos outros, Lívia abriu as portas e janelas de sua casa e saiu, aproveitou aquela paz para caminhar. Levou consigo seu fiel companheiro Godofredo, um cão vira-lata que ela retirou, após anos de maltratos, de um circo. Era diferente de qualquer outro animal, profundo conhecedor de qualquer que fosse o assunto, era gentil, educado e carinhoso. Sua inteligência surpreendia até os mais intelectuais, mas tinha um defeito, era ateu.
Os trovões, sonoramente perfeitos em um sincronismo acalentador, davam vida àquele lindo e inesquecível dia, o mais perfeito de nossas vidas. Um dia inesquecível, até mais do que o dia em que eles apagaram o sol ...
2 comentários:
Bonito, muito bonito...
Opa!
Vlw
Bom saber que vc acompanha o blog!
tbm acompanho o seu.
os Contos do Marcelo são realmente muito bons, tanto que só com pequenos fragmentos já dá pra sentir.
Cristian Rangel
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